" Os olhos fecham-se à travessia. O destino, Oniria. Geografia dos peitos diametralmente abertos. Lugar de uma racionalidade de ontem. Há um momento que é só dos olhos alerta, mais do que algum dia se soube que poderiam estar. Há dois pares de horas em que se é corpo, e um milhar de horas em que não se sabe o que se é. Não te posso desvelar senão na radiação vibrante dos recantos, enquanto és presença que sabe sibilar as dúvidas. Tão longe se sonham estas sensações. Ainda assim, sinto por certa a navegação de Sophia. Sei como se distende entre águas, e que suavidade teve a sua pele jovem. Navega e lembra como só se vive uma vez em cada coração. Ao menos que em cada um se exagere".
texto: Histórias do Cinema, Godard/Imagem: Fornasetti